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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Noiva nos EUA decide ficar um ano sem olhar-se ao espelho

Kjerstin Gruys se inspirou em um livro para ficar um ano sem espelho
Quando Kjerstin Gruys ficou noiva de seu namorado de longa data, teve medo de contrair um distúrbio alimentar ao buscar a melhor forma para usar o vestido de noiva. Concentrada em seu doutorado em sociologia, na UCLA (University of California, Los Angeles), nos EUA, ela foi dominada pela pressão de ter um casamento inesquecível. No entanto, em vez de ficar obcecada com a vaidade, ela resolveu ficar um ano sem espelhos – e lançou um blog "Mirror, Mirror... Off The Wall" para falar sobre o processo.

A inspiração veio de um livro sobre uma ordem de freiras que viveram na Itália há centenas de anos e deixaram de olhar para seus corpos refletidos em espelhos. Desde o lançamento do blog, há cinco meses, Gruys tem escrito sobre suas “segundas-feiras sem maquiagem” ou a história dos espelhos, com detalhes como o de que as mulheres passam cinco dias por ano olhando sua imagem refletida.

O objetivo do blog é fazer as mulheres repensarem a visão que têm de seus corpos e o que lhes foi dito sobre beleza. Para ir mais fundo no tema, ela passou a ser voluntária em uma organização que tem como meta fazer mulheres e garotas entenderem melhor e contestar as mensagens da mídia que afetam negativamente sua autoestima.

Alguns comentários no blog fazem críticas a Gruys dizendo que ela não está lidando com a raiz de sua própria insegurança. “No meu caso, estou evitando o espelho, com isso posso avançar na minha vida e fazer outras coisas. Espero parar de dar mais atenção ao meu corpo e me focar em outras coisas”.

Seu interesse no papel da beleza na sociedade começou muito antes da criação do blog. Ela disse que sempre teve interesse na relação entre moda e cultura. “Vivemos uma cultura que estigmatiza muito os gordos e esse estigma é muito mais direcionado às mulheres do que aos homens. Muito disso ocorre de forma inconsciente, mas há repercussões reais, se olharmos para a discriminação no mercado de trabalho”.

Seu trabalho de conclusão na universidade foi sobre a imagem corporal e ela o escreveu enquanto superava um distúrbio alimentar. “(A tese) foi provavelmente um dos passos mais importantes para minha recuperação porque me senti fortalecida ao tratar desses temas de um ponto de vista diferente. Foi como uma transição: deixei de ser vítima para ser ativista”.

Sua pesquisa de doutorado trata de vaidade. Ela tem analisado catálogos de roupas dos últimos 100 anos e diz ter encontrado mudanças drásticas ao longo do tempo. “Vinculamos muita emoção ao tamanho do nosso corpo, as mulheres especialmente, e as empresas querem que nos sintamos bem quando estamos experimentando suas roupas”. Neste processo, a moda despreza a comunidade médica. “Padrões medicinais dizem que estamos ficando mais gordos, enquanto os padrões da moda nos dizem que estamos ficando mais magros”, compara.

A menos de dois meses de seu casamento, ela diz ter aprendido a dar menos valor em sua aparência física e a investir mais em seus relacionamentos e em seu trabalho voluntário.

*Com informações do The Huffington Post

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