Gêmeos ficam cegos com menos de um ano de diferença por causa de doença rara
Os gêmeos Michael e Dan Smith, de 20 anos, ficaram cegos no mesmo ano, em 2009. Os dois possuem uma rara doença genética conhecida como Neuropatia Óptica de Leber, que causa a morte de células do nervo óptico.
Michael estava no primeiro ano da faculdade de medicina, em Londres, quando perdeu a visão em poucas semanas. Dan perdeu a visão menos de um ano depois, quando estudava engenharia aeronáutica na Universidade de Bristol, na Inglaterra. Agora, os dois podem ver apenas formatos das sombras.
Em entrevista ao jornal “Daily Mail”, Michael contou que os sintomas apareceram depressa. “Num dia eu estava assistindo a uma palestra, e no outro já não enxergava o projetor na minha frente”, disse ele. O inglês ainda tentou continuar a faculdade de medicina, mas mal conseguia ler.
Um teste genético identificou a doença de Michael. “Eu nem posso descrever o quanto foi devastador”, lembrou ele. “Meu maior medo era que meu irmão também tivesse a doença”, acrescentou.
Dan também ficou assustado com a notícia. “Michael sempre foi a pessoa mais próxima a mim”, disse ele, que foi informado de que tinha de 60 a 70 por cento de chances de perder a visão, já que os dois são gêmeos idênticos. “Eu estava sentado em uma bomba-relógio que poderia explodir a qualquer momento”, disse ele. Dan perdeu a maior parte da visão em abril de 2010.
Depois que a doença se manifestou, os irmãos precisaram aprender a ler em Braile, reaprender a cozinhar e escolher as roupas sozinhos. Mas, ao contrário do que pensaram, a vida não parou.
Michael estuda geografia e está treinando para fazer parte da equipe inglesa de futebol que vai competir nas Paraolimpíadas de Londres neste ano. Ele e o irmão pretendem ir de bicicleta de Londres a Amsterdã em abril de 2012 e arrecadar fundos para uma instituição de caridade.
Dan ainda estuda engenharia aeronáutica e pretende ingressar no setor de investimentos. “Nós pensamos que nunca mais sorriríamos novamente, mas quisemos nossas vidas de volta”, destacou ele.
Fonte: Extra