Conheça uma das drogas assassinas mais discretas do mundo
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Você sente uma picadinha e, de repente, percebe que todos os seus músculos param de responder. Os braços não obedecem, as pernas não aguentam mais o seu peso, fazendo com que você desabe no chão. Aos poucos, você vai se dando conta de que está totalmente paralisado e que não consegue mais respirar, e o pânico dá lugar à certeza de que você vai morrer.
Calma, calma. Na verdade, tudo isso acontece quando você recebe uma dose de cloreto de suxametônio, normalmente aplicado por médicos quando precisam nos sedar e nos entubar para realizar algum procedimento durante o qual precisamos ser imobilizados ao mesmo tempo em que nos mantêm monitorados e conectados a respiradores artificiais.
Uso do mau
(Fonte da imagem: Reprodução/JAYFK
Contudo, de acordo com um artigo publicado pelo site JAYFK, a droga descrita acima já foi utilizada algumas vezes — bem, foi possível comprovar o seu uso em apenas poucas ocasiões — em assassinatos e crimes quase perfeitos, pois é muito difícil detectá-la no organismo através de exames forenses.
O cloreto de suxametônio não é uma substância que se encontre à venda facilmente e seu acesso é restrito a médicos e profissionais da saúde. A droga é metabolizada muito rapidamente, sendo eliminada pelo organismo em pouco tempo, não deixando muitos vestígios. Além disso, devido ao seu uso específico, não existem muitos protocolos para a sua detecção em cadáveres.
Crimes conhecidos
De acordo com o JAYFK, devido à dificuldade de se detectar a droga no organismo — já que seu uso é super-restrito e específico —, os casos de que se tem notícia só foram solucionados por meio de acusações de testemunhas ou confissões dos envolvidos, quase sempre envolvendo algum profissional da saúde e nunca pelo uso direto do cloreto de suxametônio.
O primeiro caso conhecido envolveu um anestesista que, juntamente com sua amante, assassinou seus respectivos cônjuges com o uso da substância. O médico só foi condenado porque a mulher, que foi abandonada depois do crime, acabou entregando o malfeitor.
Outro caso envolveu um veterinário, que confessou aplicar a substância em cinco vítimas. Mesmo depois das análises farmacológicas, a droga só foi detectada em um dos corpos. O assassino foi condenado com base em sua confissão e na presença de uma seringa com um pouco da substância, encontrada no local do crime.