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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Modelo australiana sofre queimaduras em 64% do corpo durante maratona

A ex-modelo australiana Turia Pitt, de 24 anos, usa trajes especiais para amenizar as marcas de queimadura no corpo

A ex-modelo australiana Turia Pitt, de 24 anos, é obrigada a usar uma máscara especial depois que sofreu sérias queimaduras durante uma competição de ultramaratona em 2011. Nesta semana, o julgamento do caso ganhou notoriedade internacional devido à triste situação da modelo, que teve 64 % do corpo queimado.

De acordo com o jornal inglês The Sun, Turia, que foi miss Austrália em 2007, afirmou no tribunal que antes da prova os organizadores do evento estavam preocupados em alertar sobre os perigos de cobras e crocodilos e quase nada foi comentado sobre possíveis incêndios no circuito.

— Eles (direção da prova) disseram para evitarmos os fogos se os encontrássemos, mas isso foi um comentário passageiro.

A ex-modelo é obrigada a usar máscara no rosto e uma roupa especial para tentar amenizar as marcas de queimadura durante a cicatrização dos ferimentos. Durante a corrida de cerca de 100 km, Turia foi cercada pelas chamas e tentou se proteger enquanto procurava ajuda.

— Foi ficando quente, quente e quente e eu não conseguia esperar mais, foi então que eu pulei (no fogo) e tentei correr. Foi quando eu me queimei.

Os ferimentos foram tão graves que seu companheiro foi obrigado a deixar o trabalho para cuidar de Turia.

Para tornar as coisas piores, a australiana não tinha a intenção de participar da corrida devido ao alto preço da inscrição, no valor de R$ 3.100. Entretanto, ela foi convencida e decidiu fazer a ultramaratona.

Outros quatro corredores também sofreram queimaduras no evento.

Kate Sanderson, de 36 anos, que teve o pé esquerdo amputado e perdeu seus lóbulos da orelha no incêndio, descreveu os momentos de terror.

— Eu fiquei ali em choque, nem olhei. Eu sabia que havia me queimado seriamente.

Outra vítima, Michael Hull, teve 20% do corpo queimado, afirmou que os organizadores erraram ao não avisar adequadamente sobre os perigos do incêndio.

— Nós tivemos que escolher entre se tornar uma bola de fogo e queimar aí seria o fim, ou o que fizemos instantaneamente, apenas parar e correr de volta através do muro de chamas.

O inquérito instaurado pelas autoridades australianas deve decidir se houve algum responsável pelo trágico acidente, o resultado do processo deve sair em junho.
Fonte: R7

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