Cadela solidária enfrenta perigo da estrada para alimentar amigos
Ela é a alegria das crianças. É a companheira de dona Neile, proprietária de um ferro velho em São Carlos no interior de São Paulo.
“O olhar dela é diferente, a atitude dela é diferente”, comentou Neile Vânia Antônia, dona do ferro-velho.
Lilica foi abandonada na porta do ferro velho. E encontrou carinho e companhia. Cachorros, gatos, galinhas. Todos unidos na pobreza.
Há três anos a família da Lilica era bem maior. Ela ficou prenha e teve oito filhotes. Com uma prole dessas sobrava responsabilidade, mas faltava comida. Foi aí que a Lilica decidiu ir à luta: pegar a estrada para sustentar a casa.
À noite, com pouca visibilidade, Lilica passou a se arriscar atrás de alimentos.
“No início ela começou a trazer para os filhos dela, aí com o passar do tempo ela começou a trazer para os outros animais que tinha no ferro também”, disse Neile.
Os filhotes foram doados, mas o compromisso continuou. Lilica caminha dois quilômetros até o outro lado da cidade. Até bem perto da casa da professora Lúcia, uma apaixonada por animais.
Os animais abandonados que ela adotou hoje vão comer arroz, feijão e frango. Lilica também vai jantar.
“Ela passava mexendo nos lixos, por isso me chamou a atenção e eu achei que ela não tivesse dono, porque ela procurava comida, foi aí que eu chamei e ofereci comida pra ela”, revelou a professora Lúcia Helena de Souza.
Nesses três anos a professora Lúcia cumpre a mesma rotina. Sai de casa pontualmente as 21h. E vai até um terreno baldio na esquina esperar pela Lilica. E lá vem a cadelinha.
A Lilica está faminta.
“Eu não viajo, eu não saio que vai demorar muito, porque eu sei que ela depende de mim. Então é um compromisso, e dela também porque ela vem todo dia”, contou Lúcia.
Mas ela não tem olho maior que a barriga.
“Um dia ela acabou de comer e levou o saco aberto, a comida foi caindo pelo caminho.
No outro dia então, na hora que ela terminou de comer, eu amarrei a sacola. E ela levou. E daquele dia em diante é assim, eu amarro ela leva”, explicou Lúcia.
Um dia a professora seguiu Lilica e descobriu por que e pra quem ela carregava a sacola. Se arriscava na estrada. Tudo para alimentar os amigos e o espírito de solidariedade.
“A gente que é ser humano, a gente quase nunca divide as coisas com os outros. Agora um animal dividir as coisas com os outros, isso é aí é uma lição de vida pra gente”, afirmou Neile.
Com informações do Globo Repórter.
“O olhar dela é diferente, a atitude dela é diferente”, comentou Neile Vânia Antônia, dona do ferro-velho.
Lilica foi abandonada na porta do ferro velho. E encontrou carinho e companhia. Cachorros, gatos, galinhas. Todos unidos na pobreza.
Há três anos a família da Lilica era bem maior. Ela ficou prenha e teve oito filhotes. Com uma prole dessas sobrava responsabilidade, mas faltava comida. Foi aí que a Lilica decidiu ir à luta: pegar a estrada para sustentar a casa.
À noite, com pouca visibilidade, Lilica passou a se arriscar atrás de alimentos.
Os filhotes foram doados, mas o compromisso continuou. Lilica caminha dois quilômetros até o outro lado da cidade. Até bem perto da casa da professora Lúcia, uma apaixonada por animais.
Os animais abandonados que ela adotou hoje vão comer arroz, feijão e frango. Lilica também vai jantar.
“Ela passava mexendo nos lixos, por isso me chamou a atenção e eu achei que ela não tivesse dono, porque ela procurava comida, foi aí que eu chamei e ofereci comida pra ela”, revelou a professora Lúcia Helena de Souza.
Nesses três anos a professora Lúcia cumpre a mesma rotina. Sai de casa pontualmente as 21h. E vai até um terreno baldio na esquina esperar pela Lilica. E lá vem a cadelinha.
A Lilica está faminta.
“Eu não viajo, eu não saio que vai demorar muito, porque eu sei que ela depende de mim. Então é um compromisso, e dela também porque ela vem todo dia”, contou Lúcia.
Mas ela não tem olho maior que a barriga.
“Um dia ela acabou de comer e levou o saco aberto, a comida foi caindo pelo caminho.
No outro dia então, na hora que ela terminou de comer, eu amarrei a sacola. E ela levou. E daquele dia em diante é assim, eu amarro ela leva”, explicou Lúcia.
Um dia a professora seguiu Lilica e descobriu por que e pra quem ela carregava a sacola. Se arriscava na estrada. Tudo para alimentar os amigos e o espírito de solidariedade.
“A gente que é ser humano, a gente quase nunca divide as coisas com os outros. Agora um animal dividir as coisas com os outros, isso é aí é uma lição de vida pra gente”, afirmou Neile.
Com informações do Globo Repórter.