5 prisões cheias de tecnologia de onde é quase impossível fugir
(Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)
Produções cinematográficas, entre filmes e seriados, que retratam fugas de prisões não faltam. Cheios de malandragem e artimanhas, os prisioneiros da ficção bolam planos complexos para burlar os sistemas de segurança das cadeias, ludibriar os agentes penitenciários e fugir sem pagar pelos seus crimes.
No mundo real, fugas também acontecem — obviamente, a maioria delas sem tanto glamour ou planejamento como aquelas que vemos nas telonas do cinema. Para evitar esse tipo de incidente dentro dos presídios, os governos e as instituições de segurança investem em tecnologia.
E, ao que parece, esses gastos e esforços têm dado certo, como você poderá conferir nos modelos e exemplos de presídios espalhados pelo mundo a seguir, dos quais é quase impossível escapar.
1. ADX Florence (EUA)
A United States Penitentiary Administrative Maximum Facility, mais conhecida como ADX Florence e localizada no estado do Colorado, é considerada a prisão mais segura dos EUA — e possivelmente uma das mais protegidas do planeta.
O presídio foi construído em 1994 para aprisionar os piores e mais cruéis criminosos do país, incluindo assassinos em série extremamente violentos e terroristas conhecidos, e um dos únicos no mundo a ser categorizado como “supermax” (um título que poderia ser traduzido para algo como “segurança supermáxima”).
Para assegurar que ninguém fuja, a cadeia possui sensores de movimento para observar atividades suspeitas, portas controladas remotamente, detecção de pressão no piso em determinadas partes do edifício e lasers de escaneamento do perímetro.
Contudo, algumas características e regras da ADX Florence são polêmicas e constantemente questionadas, como o fato de as celas (que possuem apenas uma cama e um banheiro) não permitirem a entrada da luz do sol e de os prisioneiros permanecerem praticamente o tempo todo confinados, inclusive durante as refeições. Assim, eles passam pouquíssimas horas fora desses pequenos compartimentos, sem ter quase nenhum contato com outros encarcerados.
2. Detenção Conceitual de Lelystad (Holanda)
Outra prisão que possui um avançado sistema de monitoramento é a Detenção Conceitual de Lelystad, que fica na Holanda. Inaugurada em 2006, a cadeia se destaca por um equipamento eletrônico colocado no pulso dos prisioneiros que permite o rastreamento deles, além de informar alguns de seus sinais vitais, os quais são processados por um software capaz de identificar o seu temperamento.
Assim, os agentes penitenciários responsáveis por esse monitoramento poderiam facilmente descobrir uma briga ou alguma outra atividade suspeita, que provavelmente geraria estresse nos envolvidos. Aliado a isso, um dispositivo dotado da tecnologia RFID envia um sinal a cada dois segundos por todo o edifício, possibilitando a identificação de prisioneiros que estejam em locais onde não deveriam estar.
A vigilância pesada não acaba aí: esta prisão ainda possui câmeras distribuídas de maneira que cada canto dela é gravado 24 horas por dia. A “mordomia” dos presos fica por conta de uma tela de LCD sensível ao toque em cada cama para que eles organizem as suas atividades diárias, como os afazeres pessoais ou de trabalho.
3. Complexo Correcional Federal de Terre Haute (EUA)
Embora seja uma construção da década de 40, o Complexo Correcional Federal de Terre Haute, sediado no estado de Indiana, tem se mantido muito bem atualizado quando o assunto é monitoramento dos seus prisioneiros.
Basicamente, o contato dos encarcerados com o mundo externo é nulo. Exatamente por causa disso, ela se tornou o destino para muitos meliantes relacionados com grupos terroristas. Além de ter mecanismos para evitar a comunicação via eletrônicos, a cadeia tem câmeras que a vigiam ininterruptamente em um ângulo de 360 graus.
Esta penitenciária ainda conta com sensores de movimento e dispositivos de reconhecimento facial, enquanto as celas, os corredores e outros cômodos são trancadas por meio de fechaduras biométricas. Dessa forma, ninguém entra ou sai dos pavilhões sem ser devidamente identificado.
4. Prisão Correcional do Sul de Queensland (Austrália)
Praticamente recém-inaugurada, a Prisão Correcional do Sul de Queensland, na Austrália, foi aberta para receber detentos em janeiro de 2012. Lá, todas as entradas do recinto possuem sensores de vibração que varrem todos os veículos que entram e saem da cadeia, possibilitando, por exemplo, a identificação dos batimentos cardíacos de alguém escondido.
Mais do que isso, os presidiários passam por exames e escaneamentos diários de corpo inteiro com o intuito de detectar possíveis contrabandos. Os visitantes também passam por revistas rigorosas e testes biométricos. Em suma, nada entra ou sai do prédio sem ser visto.
5. Centro Correcional Souza-Baranowski (EUA)
Em Massachusetts, nos EUA, está localizado o Centro Correcional Souza-Baranowski, finalizado em 1996. O seu sistema de vigilância, o qual é capaz de gravar todo o perímetro da cadeia em todos os ângulos, é tão avançado que muitos rumores indicam que ele teria sido criado por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma das instituições de ensino em tecnologia mais respeitadas do mundo.
Fora a gravação de imagens, as fronteiras da cadeia são monitoradas por um sistema de detecção por micro-ondas, e as portas que dão acesso das celas aos banheiros e refeitórios, por exemplo, são controladas por computadores. Até hoje, ninguém conseguiu fugir deste presídio.
Bônus
Cadeia Santa Rita (EUA)
Fundada em 1989 e com uma população de 4 mil presidiários, a Cadeia Santa Rita, que fica na Califórnia, conta com um avançado sistema tecnológico, mas que não está diretamente ligado com a segurança do local e sim com a sua sustentabilidade energética.
O local possui um complexo sistema batizado de microgrid, o qual consiste na combinação de cinco turbinas eólicas, uma célula de combustível de 1 megawatt, geradores com capacidade de 2 megawatts e painéis solares capazes de produzir 1,2 megawatt de energia.
No mundo real, fugas também acontecem — obviamente, a maioria delas sem tanto glamour ou planejamento como aquelas que vemos nas telonas do cinema. Para evitar esse tipo de incidente dentro dos presídios, os governos e as instituições de segurança investem em tecnologia.
E, ao que parece, esses gastos e esforços têm dado certo, como você poderá conferir nos modelos e exemplos de presídios espalhados pelo mundo a seguir, dos quais é quase impossível escapar.
1. ADX Florence (EUA)
A United States Penitentiary Administrative Maximum Facility, mais conhecida como ADX Florence e localizada no estado do Colorado, é considerada a prisão mais segura dos EUA — e possivelmente uma das mais protegidas do planeta.
O presídio foi construído em 1994 para aprisionar os piores e mais cruéis criminosos do país, incluindo assassinos em série extremamente violentos e terroristas conhecidos, e um dos únicos no mundo a ser categorizado como “supermax” (um título que poderia ser traduzido para algo como “segurança supermáxima”).
(Fonte da imagem: Reprodução/Sometimes Interesting)
Para assegurar que ninguém fuja, a cadeia possui sensores de movimento para observar atividades suspeitas, portas controladas remotamente, detecção de pressão no piso em determinadas partes do edifício e lasers de escaneamento do perímetro.
Contudo, algumas características e regras da ADX Florence são polêmicas e constantemente questionadas, como o fato de as celas (que possuem apenas uma cama e um banheiro) não permitirem a entrada da luz do sol e de os prisioneiros permanecerem praticamente o tempo todo confinados, inclusive durante as refeições. Assim, eles passam pouquíssimas horas fora desses pequenos compartimentos, sem ter quase nenhum contato com outros encarcerados.
2. Detenção Conceitual de Lelystad (Holanda)
Outra prisão que possui um avançado sistema de monitoramento é a Detenção Conceitual de Lelystad, que fica na Holanda. Inaugurada em 2006, a cadeia se destaca por um equipamento eletrônico colocado no pulso dos prisioneiros que permite o rastreamento deles, além de informar alguns de seus sinais vitais, os quais são processados por um software capaz de identificar o seu temperamento.
(Fonte da imagem: Reprodução/BBC)
Assim, os agentes penitenciários responsáveis por esse monitoramento poderiam facilmente descobrir uma briga ou alguma outra atividade suspeita, que provavelmente geraria estresse nos envolvidos. Aliado a isso, um dispositivo dotado da tecnologia RFID envia um sinal a cada dois segundos por todo o edifício, possibilitando a identificação de prisioneiros que estejam em locais onde não deveriam estar.
A vigilância pesada não acaba aí: esta prisão ainda possui câmeras distribuídas de maneira que cada canto dela é gravado 24 horas por dia. A “mordomia” dos presos fica por conta de uma tela de LCD sensível ao toque em cada cama para que eles organizem as suas atividades diárias, como os afazeres pessoais ou de trabalho.
3. Complexo Correcional Federal de Terre Haute (EUA)
Embora seja uma construção da década de 40, o Complexo Correcional Federal de Terre Haute, sediado no estado de Indiana, tem se mantido muito bem atualizado quando o assunto é monitoramento dos seus prisioneiros.
(Fonte da imagem: Reprodução/NPR)
Basicamente, o contato dos encarcerados com o mundo externo é nulo. Exatamente por causa disso, ela se tornou o destino para muitos meliantes relacionados com grupos terroristas. Além de ter mecanismos para evitar a comunicação via eletrônicos, a cadeia tem câmeras que a vigiam ininterruptamente em um ângulo de 360 graus.
Esta penitenciária ainda conta com sensores de movimento e dispositivos de reconhecimento facial, enquanto as celas, os corredores e outros cômodos são trancadas por meio de fechaduras biométricas. Dessa forma, ninguém entra ou sai dos pavilhões sem ser devidamente identificado.
4. Prisão Correcional do Sul de Queensland (Austrália)
Praticamente recém-inaugurada, a Prisão Correcional do Sul de Queensland, na Austrália, foi aberta para receber detentos em janeiro de 2012. Lá, todas as entradas do recinto possuem sensores de vibração que varrem todos os veículos que entram e saem da cadeia, possibilitando, por exemplo, a identificação dos batimentos cardíacos de alguém escondido.
(Fonte da imagem: Reprodução/Queensland Government)
Mais do que isso, os presidiários passam por exames e escaneamentos diários de corpo inteiro com o intuito de detectar possíveis contrabandos. Os visitantes também passam por revistas rigorosas e testes biométricos. Em suma, nada entra ou sai do prédio sem ser visto.
5. Centro Correcional Souza-Baranowski (EUA)
Em Massachusetts, nos EUA, está localizado o Centro Correcional Souza-Baranowski, finalizado em 1996. O seu sistema de vigilância, o qual é capaz de gravar todo o perímetro da cadeia em todos os ângulos, é tão avançado que muitos rumores indicam que ele teria sido criado por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma das instituições de ensino em tecnologia mais respeitadas do mundo.
(Fonte da imagem: Reprodução/Boston Globe)
Fora a gravação de imagens, as fronteiras da cadeia são monitoradas por um sistema de detecção por micro-ondas, e as portas que dão acesso das celas aos banheiros e refeitórios, por exemplo, são controladas por computadores. Até hoje, ninguém conseguiu fugir deste presídio.
Bônus
Cadeia Santa Rita (EUA)
Fundada em 1989 e com uma população de 4 mil presidiários, a Cadeia Santa Rita, que fica na Califórnia, conta com um avançado sistema tecnológico, mas que não está diretamente ligado com a segurança do local e sim com a sua sustentabilidade energética.
O local possui um complexo sistema batizado de microgrid, o qual consiste na combinação de cinco turbinas eólicas, uma célula de combustível de 1 megawatt, geradores com capacidade de 2 megawatts e painéis solares capazes de produzir 1,2 megawatt de energia.
Com isso, a prisão possui um baixíssimo consumo energético “convencional”. Além de reduzir o impacto ambiental, toda essa parafernália empregada está poupando muito dinheiro aos cofres públicos da cidade e do país.
Além de alimentar as lâmpadas e equipamentos de segurança, essa energia limpa é responsável por movimentar 25 robôs, que transportam 4.536 kg de roupas e 18 mil refeições por dia — promovendo mais alguns corte de custos.
Segundo levantamentos, o presídio tem o potencial de economizar até US$ 2,5 milhões (R$ 5,82 milhões) anualmente. Dessa forma, estimativas apontam que até 2030 essa conta pode atingir a impressionante marca de US$ 20 bilhões (R$ 46,5 bilhões).
Fonte: Scientific American, Bloomberg
Além de alimentar as lâmpadas e equipamentos de segurança, essa energia limpa é responsável por movimentar 25 robôs, que transportam 4.536 kg de roupas e 18 mil refeições por dia — promovendo mais alguns corte de custos.
Segundo levantamentos, o presídio tem o potencial de economizar até US$ 2,5 milhões (R$ 5,82 milhões) anualmente. Dessa forma, estimativas apontam que até 2030 essa conta pode atingir a impressionante marca de US$ 20 bilhões (R$ 46,5 bilhões).
Fonte: Scientific American, Bloomberg