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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

4 atos extraordinários de compaixão entre inimigos que aconteceu na guerra

Os apaixonados por contos de guerra já devem estar familiarizados com a história de Henry Tandey, um soldado britânico da Primeira Guerra Mundial que honrosamente decidiu não disparar sobre um soldado inimigo ferido – somente para aquele jovem caído no chão de vir a ser um Adolf Hitler anos antes de assumir o poder da Alemanha. Porém, a distorção deste fato não deve ser motivo para obscurecer o quão nobre foi a atitude de Tandey.

A compaixão é uma qualidade normalmente difícil de ser encontrada em tempos de guerra. É ainda mais difícil ela aparecer do lado inimigo das linhas de batalha. Afinal, como você pode ser gentil com alguém que poderia tentar matá-lo?

1 – O ás da Luftwaffe que guiou um avião bombardeiro norte-americano até a segurança
Em dezembro de 1943, o piloto alemão Hanz Stigler, membro da Luftwaffe, como é conhecida a força aérea alemã, tinha todos os motivos para abater o bombardeiro norte-americano B-17 na frente dele. As forças inimigas já haviam matado seu irmão no início da guerra e agora estavam bombardeando cidades alemãs. Não só isso – se Stigler abatesse este bombardeiro em particular, ele iria completar sua pontuação de mortes para levar para casa a equivalente alemã de uma Medalha de Honra.

À medida que Stigler se preparava para apertar o gatilho, ele achou estranho que o homem-bomba não estava atirando de volta nele. Observando mais atentamente, ele viu os que os artilheiros estavam mortos e que a maior parte da tripulação era de feridos. O avião em si estava crivado de balas e lutando para permanecer no ar. Em seu coração, Stigler sabia que estaria matando homens a sangue frio. Em vez disso, optou por fazer a coisa honrosa: sinalizou ao piloto americano chocado e voou com o bombardeiro para evitar que ele fosse alvo de fogo antiaéreo.
Stigler escoltou o avião até alcançarem o Mar do Norte, onde ele parou e cumprimentou seus adversários uma última vez. Apenas cinco décadas depois, o piloto norte-americano Charles Brown conseguiu rastrear com sucesso o homem que o salvou. Os dois veteranos de guerra se tornaram melhores amigos e, como uma demonstração de agradecimento, Brown fez de Stigler o convidado de honra em uma reunião que ele tinha planejado com seus tripulantes. Eles mostraram a Stigler um vídeo de seus filhos e netos, pessoas que não teriam vivido se não fosse por seu ato de compaixão.

2. Hitler ajudou seu ex-comandante judeu
É difícil imaginar Hitler salvando um membro da raça que ele passou a odiar tanto. No entanto, o Fuhrer fez o que pensávamos impossível e interveio pessoalmente para poupar uma vida judaica. De acordo com uma carta escrita pelo chefe da SS, Heinrich Himmler, em 1940, Hitler tinha ordenado que ele e as autoridades poupassem Ernst Hess de ser perseguido ou deportado. Hess tinha sido comandante de Hitler durante a Primeira Guerra Mundial e mais tarde trabalhou como juiz antes de ser forçado a abandonar seu posto à luz da ascensão dos nazistas ao poder. A ordem (que acabou por ser revogada em 1942) e o fato de que ele era casado com uma mulher não judia salvou Hess de ir para os campos de extermínio. Ele sobreviveu à guerra e morreu com a idade de 83 anos. Sua filha mais velha, Ursula, disse que seu pai costumava descrever Hitler como um introvertido que não fazia amigos na sua unidade. Nós nos perguntamos por quê.

3. Um piloto japonês protegeu um paraquedista inimigo
Provavelmente uma das últimas coisas que você poderia esperar de um soldado japonês durante a Segunda Guerra Mundial seria misericórdia. No entanto, nos últimos dias da guerra, um piloto japonês quebrou esse estereótipo e mostrou seu senso de honra, poupando um inimigo indefeso. O cabo Hideichi Kaiho e seus companheiros pilotos tinham se envolvido em um combate entre aviões a curta distância com Boeings B-29 Superfortress norte-americanos sobre Tóquio, em 1945. Os japoneses conseguiram derrubar um bombardeiro e forçar sua tripulação a se render. Um dos homens, o navegador Raymond “Hap” Halloran, estava caindo de paraquedas a 3500 pés, quando foi descoberto por Kaiho e outros dois aviões japoneses. Halloran sabia muito bem que os japoneses não tomavam prisioneiros, então imaginou que poderia acenar para os três aviões.

Milagrosamente, dois dos aviões foram embora, enquanto o pilotado por Kaiho continuou a voar ao redor e a protegê-lo. Mais de cinco décadas depois, Halloran iria conhecer e agradecer ao homem que o salvou naquele dia. Kaiho revelou mais tarde que seu comandante encorajou-o a observar o Código Real de Bushido, que desposava benevolência em relação ao inimigo.

4. General alemão tomou chá com British Commandos
Para todos os efeitos, o general alemão Erwin Rommel era um soldado profissional do mais alto calibre, que, infelizmente, passou a trabalhar para o lado errado. Admirado por ambos os seus próprios homens e o inimigo, Rommel recusou-se a seguir as ordens que considerava erradas, como a execução de comandos inimigos capturados atrás das linhas alemãs.

O profissionalismo de Rommel foi ilustrado quando ele poupou a vida de dois membros do British Commandos – um grupo de elite formado durante a Segunda Guerra Mundial para executar ações atrás das linhas inimigas – que foram capturados na costa da França, em 1944. Os dois homens, Roy Wooldridge e George Lane, estavam fazendo um levantamento das minas ao redor da área quando foram capturados e detidos por uma patrulha alemã. Embora Rommel tenha tido todos os motivos para executá-los (especialmente já que comandos britânicos haviam anteriormente tentado assassiná-lo duas vezes), ele mais uma vez desafiou o protocolo e até convidou Lane para se juntar a ele para um chá e sanduíches. Depois, ele transferiu a dupla para a prisão de oficiais, em vez de entregá-los à Gestapo ou SS (com as quais sentença de morte seria uma certeza). Lane mais tarde sustentou que ele não estaria vivo hoje se não fosse por essa xícara de chá oportuna com Rommel.

Fonte - Hypescience

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