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quarta-feira, 2 de março de 2016

A vila dominicana onde as meninas desenvolvem pênis quando chegam à puberdade

As mudanças físicas durante a puberdade são completamente normais, mas em Salinas, uma vila remota no sudoeste da República Dominicana, elas são extremas. Muitas das crianças nascem sem genitália masculina e são criadas como meninas, mas elas eventualmente tornam-se homens em seus anos de adolescência. O fenômeno é tão familiar para o povo de Salinas que os filhos, chamados de "guevedoces" ("ovos doces"), não são considerados anormais.

A condição é aparentemente o resultado de um distúrbio genético raro que ocorre devido a falta de uma enzima conhecida como "5-alfarredutase". Isso evita a produção de di-hidrotestosterona, um tipo de hormônio masculino, quando o bebê ainda está no útero.

Devido a esta carência, os meninos chegam à puberdade com testículos não desenvolvidos externamente e com pênis tão pequenos que são confundidos com clitóris. Isso até que atingem a puberdade onde outra onda de testosterona é produzida e os órgãos reprodutores masculinos são formados. Então, o menino muda de voz, a bolsa testicular se solta e o pênis cresce.
Cerca de uma em cada 90 crianças em Salinas são guevedoces, e mesmo depois de finalmente tornarem-se homem (geralmente entre 7 e 12 anos de idade) sutis diferenças existem mesmo na idade adulta. A maioria dos guevadoces têm menos pelos faciais e as glândulas da próstata são menores. No entanto, sua condição é aceita pela comunidade e alguns até mesmo mantém seus nomes femininos, como Catherine, um jovem guevadoce que recentemente se tornou um menino.
Johnny, 24 anos, também cresceu como uma menina. Ele foi originalmente chamado de Feleticia por seus pais. "Eu lembro que eu costumava usar um vestidinho vermelho", disse ele. "Eu nasci em casa e eles não sabiam o meu sexo". Mas Johnny insiste que ele sempre foi um menino no coração. "Eu nunca gostei de me vestir como uma menina. Quando eles me compravam brinquedos de menina eu nunca me preocupei em brincar com eles. Tudo o que eu queria fazer era brincar com os meninos".

Então, quando seu aparelho reprodutor se desenvolveu aos 7 anos, Johnny ficou bastante aliviado. "Quando eu mudei, eu fiquei feliz com a minha vida", disse ele.
Embora eles estejam aí por tanto tempo, os guevedoces foram oficialmente descoberto somente na década de 70, pela endocrinologista da Universidade de Cornell, Dra Julianne Imperato. Ela viajou para a República Dominicana depois de ouvir rumores estranhos de meninas que viravam meninos, e, eventualmente, descobriu que eles eram verdadeiros. Desde então, vários estudos têm sido conduzidos para aprender sobre a condição, que segundo os cientistas, é perfeitamente natural. Essas crianças são agora medicamente referidas como pseudo-hermafroditas.

A descoberta dos guevedoces aparentemente tem sido muito útil para muitos homens em todo o mundo. Após pesquisas sobre essa condição, as empresas farmacêuticas criaram uma droga chamada finasterida, que bloqueia a ação da "5-alfarredutase". "Essa droga é agora amplamente utilizada para tratar a hipertrofia benigna da próstata e calvície masculina", disse o Dr. Michael Mosley. "Para que, tenho certeza, muitos homens são verdadeiramente gratos".
Via Diário Insano

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