"Não como sobremesa há dez anos", diz Gracyanne Barbosa
Ícone do mundo fitness, Gracyanne Barbosa diz estar acostumada com uma dieta livre de açúcar
Referência entre halterofilistas no Brasil e no mundo, Gracyanne Barbosa precisou fazer algumas concessões para conquistar o corpo intensamente definido que ostenta nas redes sociais, onde supera os 6 milhões de seguidores. Além de dedicar mais de 20 anos à musculação, atividade que lhe deu reconhecimento de grandes atletas do ramo, ela deu adeus definitivamente ao açúcar. “Faz mais de uma década que não como sobremesa”, revelou à Marie Claire.
Nessa entrevista, a modelo e digital influencer dá detalhes de como se tornou a principal mulher da musculação no Brasil e revela a dieta que lhe garante músculos dignos de uma super-heroína.
Marie Claire: Você começou sua vida no mundo artístico como dançarina, mas deu uma guinada na carreira para ingressar no mundo fitness. Como foi essa mudança?
Gracyanne Barbosa: Comecei a fazer musculação aos 12 anos de idade para superar a desvantagem de ser mais baixa do que minha colegas de vôlei da escola. Quando parei de jogar, decidi manter a prática de hipertrofia e a dieta. Já aos 16 anos, mudei para o Rio onde comecei dançar. Nessa época, as pessoas notaram a diferença entre meu corpo, mais atlético, e o das outras meninas. Conforme o tempo passou, esse lifestyle fitness entrou na moda, e me destaquei. Não foi nada planejado.
GB: Embora nunca tenha competido profissionalmente em nenhum esporte, sou convidada a participar de eventos fora do Brasil com frequência. Ano passado, descobri que sou referência para mulheres de Dubai (que usam burca) quando fui aos Emirados Árabes Unidos dar uma palestra. Fico feliz por ter, também, o respeito de atletas que se dedicam muito mais do que eu.
MC: Como é sua rotina de exercícios e o que você considera mais difícil de realizar?
GB: Tenho uma vida muito regrada e até restrita em alguns sentidos, mas não passo o dia inteiro fazendo musculação, como alguns imaginam. Pela manhã, faço exercícios aeróbicos por uma hora em jejum, e ao final da tarde treino hipertrofia por cerca de 60 minutos. Mas meu corpo é resultado de 21 anos de academia. É curioso como todo mundo quer resposta imediata, porém, quando se trata de musculação, é preciso paciência. Não adianta se matar de treinar e não se alimentar direito. O mais difícil, no entanto, é dormir oito horas por noite. Quase ninguém tem esse tempo.
MC: Você faz sua própria marmita e leva para seus compromissos?
GB: Até uns dez anos atrás era quase impossível encontrar algum restaurante que servia exatamente o que é preciso comer, mas hoje em dia a oferta é maior. Como já acostumei, costumo levar minha própria comida comigo, mesmo para viagens internacionais. Minha dieta é feita basicamente de ovo, peixes, peito de frango, batata doce ou aipim, além de legumes e vegetais.
MC: E quanto à sobremesa? Consegue resistir ao chocolate ou outros pratos doces?
GB: Não como nunca [risos]. Eu sei que não faria diferença no meu corpo se experimentasse um pedaço, mas já acostumei. Quando comecei não havia as opções mais saudáveis disponíveis atualmente, mas já estou há tanto assim que não sinto mais falta. Ocasionalmente, até como pego um prato doce fitness, mas não como sobremesa tradicional, com açúcar, há mais de 10 anos.