Conheça a centopeia de cabeça-vermelha que come cobras

Esta centopeia poderia sair de um filme de terror, diz um comentário no Facebook. “Mais um motivo para permitir que se ande armado no Texas”, disse outro. O que se vê na imagem acima é uma centopeia de 20 pés, que costuma habitar o sul dos Estados Unidos e norte do México. Conheça a centopeia gigante de cabeça-vermelha.

Cada pata possui cerca de 20 centímetros. A centopeia se alimenta de aranhas, traças e insetos invertebrados e costuma viver sob rochas e folhas – ainda que seja possível encontrá-las em algumas casas.
Uma mordida dela pode causar grandes complicações. De acordo com pesquisadores do Museu Arthropod, pessoas que foram afetadas por esta centopeia podem sofrer de dores que vão além do inchaço: necrose de pele, tonturas, náuseas e enxaquecas são sintomas comuns das vítimas. Isso porque suas presas contém veneno, que beneficiam a centopeia quando ela ‘caça’ um inseto, sapos ou mesmo algumas cobras pequenas.

Via Vix

Conheça Hades, a centopeia do inferno

Profundamente abaixo da superfície da Terra, em uma caverna úmida e sombria, vive Hades, o rei dos invertebrados do inferno.

Nomeado em homenagem ao deus mitológico do submundo, Geophilus hadesi é uma espécie recentemente descoberta de centopeia que habita as cavernas profundas das Montanhas Velebit, na Croácia. Ao contrário da maioria das centopeias da ordem Geophilomorpha, que apenas ocasionalmente procuram abrigo em cavernas, G. hadesi passa toda a sua vida neste ambiente escuro e subterrâneo. Ontem (30 de junho), a equipe de cientistas que descobriu o animal notável publicou a primeira descrição do animal na revista ZooKeys.

G. hadesi é uma das duas únicas espécies conhecidas de centopeias que nunca deixam seus lares cavernosos. O outro morador subterrâneo, Persephones Geophilus (nomeado em homenagem a rainha do submundo Perséfone) foi descoberto em uma caverna na França na década de 1990.

Embora a sua casa, localizada 1 km abaixo da superfície da Terra, seja um pouco escura e sombria, a G. hadesi sobrevive muito bem. Tem antenas excepcionalmente alongadas e cerdas cobrindo seus apêndices, e esses dois recursos permitem que o animal detecte presas na escuridão total.

Como a maioria das centopeias, G. hadesi se alimenta de animais vivos – muito provavelmente larvas, colêmbolos (hexapodes minúsculos), minhocas, aranhas e outras presas pequenas. Embora a mordida da centopéia seja venenosa, esta criatura “infernal” é completamente inofensiva para os seres humanos. Não que G. hadesi gaste muito tempo com as pessoas.

G. hadesi tem um corpo longo e achatado que faz o rastreamento em torno de fendas nas rochas. E seus 33 pares de pernas terminam em garras finas que são “excepcionalmente longas”, de acordo com os pesquisadores. Como outras criaturas com garras pontudas, como os caranguejos yeti que habitam as águas ao largo da Antártida, a centopeia Hades pode ter desenvolvido esse recurso a fim de se agarrar com mais segurança às rochas.

Os cientistas não sabem exatamente por que a centopeia Hades começou a viver no subsolo. Pode ser uma mudança dramática nas temperaturas exteriores e condições gerais que forçaram organismos menos adaptáveis a procurar abrigo subterrâneo onde as condições são mais estáveis ​​e menos dependentes das variações de fora.

Via LiveScience / BUD