Esta jovem única queria ser outra pessoa de tanto ser xingada. Mas, o que ela conseguiu na internet, é inacreditável
Aos cinco anos, Alba já tinha passado por 30 cirurgias para “corrigir” algumas áreas, mas as intervenções eram dolorosas e deixavam cicatrizes. Como ela tinha 500 delas, seria impossível (para não dizer insuportável) tentar se livrar de todas.
Quando ela ficou mais velha, os seus colegas eram frequentemente brutalmente cruéis com ela, fazendo piadas, lhe dando apelidos e sempre a colocando para baixo. Alguns riam, alguns a chamavam de alien, outros a chamavam de “dálmata” ou perguntavam se ela tinha feito aquilo com ela mesma de propósito.
Até os adultos ficavam encarando e diziam coisas maldosas. “Quando eu era pequena, eu percebi que as pessoas ficavam me olhando pro causa da minha pele, o que fez eu me sentir mal. Estranhos me olhavam como se eu fosse um monstro”, ela conta.
Sua adolescência começou de forma particularmente difícil. Não apenas pelas marcas de nascença, mas também por causa de suas várias cicatrizes. “Eu tinha 13 anos e só queria ser normal. Eu passava dias inteiros chorando, desejando ser outra pessoa.”
Felizmente, ela tinha muito apoio da família e dos amigos. Seus pais a levaram para terapia, o que a ajudou a gostar de sua própria aparência.
Aos poucos, ela aceitou o seu corpo. “Eu percebi que minhas verrugas, cicatrizes e minha condição são uma grande parte de mim, tanto física quanto psicologicamente.”
Aos 16, ela decidiu que era hora de parar de se esconder. Ela postou fotos de seu corpo na internet.
Rapidamente, ela se viu sendo “curtida” e re-twittada aos milhares. O risco tinha valido a pena: ela estava recebendo muito encorajamento.
Ela decidiu ir além e entrar numa competição de aceitação do corpo – e venceu! O resultado significava que suas fotos apareceriam em outdoors, jornais, revistas, e até mesmo em ônibus por toda a Espanha!
“Eu percebi quão linda, especial e única é a minha pele”, Alba diz com orgulho.
“Eu me sinto muito mais positiva a respeito do meu corpo e estou tentando tornar minha doença mais conhecida para poder ajudar os outros. Eu adoro quando as pessoas me dizem que eu mudei a vida delas para a melhor. Isso é um motivo bom o bastante para continuar mostrando meu corpo.”
Que coragem ela deve ter tido para chegar até aqui, e que mensagem de autoconfiança, autoaceitação e inclusão!
E a verdade é que todos temos um corpo único, então todos nos beneficiamos quando o aceitamos e encorajamos uns aos outros da forma que somos!