Mineiros da Sibéria, na Rússia, encontram corpo de criatura misteriosa
Enquanto trabalhavam no garimpo de diamantes, em Udachny, extremo nordeste da Rússia, mineiros siberianos acabaram desenterrando uma estranha criatura. Apesar de parecer o corpo de um demônio mumificado, trata-se de um mamífero ainda desconhecido
De acordo com o The Siberian Times, enquanto os mineiros gostariam que fosse uma espécie de dinossauro recém-descoberta, pesquisadores sugeriram que o exemplar seja de um jovem glutão (Gulo gulo) – uma pequena criatura semelhante a um urso, de mandíbulas fortes e grandes dentes caninos. Há quem diga também que possa se tratar de uma espécie de zibelina (Martes zibelina) ou marta (Martes martes), que são semelhantes a furões ou doninhas.
A julgar pelo corpo fino e grande, bem como pelo crânio – que podem ter sofrido distorções após a morte e a mumificação – é bem provável que o animal pertença à família de mustelídeos, que inclui mamíferos carnívoros como lontras, texugos, doninhas, martas e glutões. No entanto, só poderemos ter certeza quando uma análise mais adequada for feita.
A aparência do animal não é a única coisa curiosa dessa história, o local onde foi encontrado é inteiramente original. O terreno diamantífero em questão pertence à Era Mesozoica – cerca de 252 a 66 milhões de anos atrás. Esse período é marcado pela diversificação rápida da vida na Terra, com desenvolvimento de répteis gigantes, dinossauros, mamíferos e novas espécies de plantas que se espalharam por todo o planeta.
A Era Mesozoica é dividida em três períodos – Triássico, Jurássico e Cretáceo – finalizados por dois eventos de extinção em massa. Logo, é improvável que a criatura seja tão antiga quanto o lugar onde foi encontrada, mas dada a preservação promovida pelo permafrost (gelo permanente) russo, ela pode ser bem mais antiga do que os pesquisadores acreditam.
Uma descoberta semelhante foi feita no ano passado, na Iacútia (Sakha), quando pesquisadores encontraram um filhote extremamente preservado – ainda com pele e partes do cérebro – de 12.400 anos de idade.
Entretanto, ainda teremos que esperar os resultados das análises para sabermos exatamente do que se trata o animal descoberto. Mas, o que já devemos entender é que criaturas normais podem parecer incrivelmente estranhas quando perdem a pele.
Via Jornal Ciências