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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Ao reformar banheiro, esse homem descobriu um tesouro arqueológico

Tudo o que Luciano Faggiano queria quando ele comprou um edifício aparentemente normal em Lecce, na Itália, era abrir uma taberna. O único problema era o esgoto do banheiro.

Então Gaggiano pediu ajuda aos seus dois filhos mais velhos para cavar uma trincheira e investigar. Ele previu que o trabalho levaria cerca de uma semana.
E ele descobriu algo incrível ao cavar o banheiro: corredores subterrâneos e outros quartos conforme continuava cavando.

Sua busca por uma tubulação de esgoto, que começou em 2000, tornou-se um conto de família de obsessão e descoberta. Ele encontrou um mundo subterrâneo que remonta há milhares de anos atrás: um túmulo messápio, um celeiro romano, uma capela franciscana e até gravuras dos Cavaleiros Templários. Sua taberna tornou-se um museu, onde as relíquias ainda estão hoje.
As descobertas vieram após a retirada de um fundo falso que descia para outro piso de pedra medieval, que levava ao túmulo messápio, povo que vivia na região séculos a.C. Em seguida, a família descobriu uma câmara usada para armazenar grãos pelos antigos romanos, e um porão de um convento franciscano onde as freiras preparavam os corpos dos mortos.

Depois de vizinhos desconfiarem das atividades na taberna de Faggiano, autoridades foram contatadas, e a escavação foi suspensa. Após conseguir uma autorização, ele continuou escavando, e descobriu vários outros tesouros arqueológicos, como vasos antigos, garrafas devocionais romanas, um anel antigo com símbolos cristãos, artefatos medievais, afrescos escondidos e muito mais.

A Itália tem uma grande história, com impérios e civilizações antigas construídas uma em cima da outra como camadas de um bolo. Os agricultores ainda desenterram cerâmicas ao arar seus campos. Locais de escavação são comuns em cidades antigas como Roma, onde as relíquias subterrâneas são protegidas da expansão do sistema metroviário.
Situada no calcanhar da bota italiana, Lecce era outrora uma encruzilhada crítica na região do Mediterrâneo, cobiçada por invasores gregos, romanos, otomanos, normandos e lombardos. Durante séculos, uma coluna de mármore que carrega uma estátua do padroeiro de Lecce, Orontius, dominava a praça central da cidade – até os historiadores, em 1901, descobrirem um anfiteatro romano abaixo, levando à deslocalização da coluna para que o anfiteatro pudesse ser escavado.

“As primeiras camadas de Lecce datam do tempo de Homero, ou pelo menos de acordo com a lenda”, disse Mario De Marco, um historiador local, observando que os invasores foram atraídos pela localização estratégica da cidade e as perspectivas de saques. “Cada uma dessas populações veio e deixou um rastro.
Severo Martini, um membro do Conselho da Cidade, disse que relíquias arqueológicas surgem regularmente – e podem apresentar uma dor de cabeça para o planejamento urbano. Um projeto para construir um shopping teve de ser redesenhado após a descoberta de um antigo templo romano sob o local de um estacionamento, por exemplo. 
Via NYTimes

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